sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Assim

É esse o tempo que eu gosto. É assim que eu gosto do clima num final de semana, começo de tempo frio, ventania, chuvinha, friozinho, ventinhozinho. Tudo muito "inho" e meus pensamentos todos muito "ão". Tudo fluindo, minha vontade de estudar, de crescer, de ser, de ser eterna e terna, de passar despercebida e de ser aplaudida, adoro essa sensação de poder, não acima de ninguém, claro que não, mas acima das sensações ruins que pairam sobre mim em todos os outros dias.
Aquela saudade que me consumia e que me impedia do melhor já não existe absoluta dentro de mim, só um pedacinho dela já está sendo suficiente pra não me fazer esquecer de todos os momentos bons que me fizeram passar daqui pra trás. As tardes, as noites, as pessoas, já me trouxeram momentos que amenizaram essa saudade e hoje, adoro essa solidão passageira, essa solidão de que eu preciso pra pensar só em mim, essa parte do dia em que fico sozinha pra pôr as coisas em ordem, essa também que me fazem analisar cada minuto que passei e cada um que me foi especial e inesquecível nem que seja por um segundo.
Amo a sensação de ter todo mundo, de ter momentos com todo mundo. Não é todo O mundo, porque eu não preciso de muito. O meu pouco "todo mundo" é suficiente pra me ajudar a ser quem sou e como sou. Amo pintar a unha de vermelho, me sentir cheirosa, me sentir simples e mesmo assim sem deixar de não me reconhecer em fotos. Eu me analiso em cada parte, célula por célula e vejo que não tenho o direito de me repreender ou de me julgar, até mesmo de me culpar por alguma coisa, se sou assim, foi porque em 17 anos, me transformei assim, não foram em 17 minutos ou dias, foram em anos, que me renderam a vida inteira e que hoje, me fez disposta a enfrentar mais 17, 34, 51, 68, enfim, mais todos os anos da minha vida, pra torná-la completa e perfeitamente vivida. Sou eu assim hoje.

domingo, 19 de setembro de 2010

Sempre Pensando

Final do ano, provas para Universidades, namorado lindo da minha vida, coisas vindo contra e a meu favor... Depois de 10 anos vou morar com o Badê de novo. Mas poxa, sempre disse que quando fizesse 18 anos moraria sozinha e é um sonho que vem de muito tempo. Muito mesmo. Morar sozinha, viver na minha solidão que vem às vezes, deixar minha bagunça organizada até a hora que eu quiser, deixar todas as luzes apagadas, ver a televisão em volume baixo, mudar a decoração todos os dias, reciclar meu lixo, não gastar tanto lixo, acender minhas velas, ter milhões de castiçais, ter uma parede de cada cor, ter o chão branco, ter mania de limpeza, voltar da praia e sujar tudo de areia, aumentar o som além do limite, fazer parte da política da boa vizinhança, ou não, estudar na paz do meu silêncio, dormir na paz do meu silêncio, cozinhar na paz do meu silêncio e viver assim todos os dias até que venha a mudança. Expôr meus textos todos os dias e não todo mês, querer que todos leiam, não é preciso compreender, apenas que leiam. Quero que meus textos ultrapassem as barreiras dos meus pensamentos, que evoluam, que saiam da minha mente, que saiam da vontade, que criem asas, que voem por entre o pensamento de outros, que deles saiam novos, em mim e em quem quer que seja. Quero poder transformar essas e todas as outras palavras e frases formadas em atitudes, em todas aquelas que eu tenho vontade, a maior vontade. Eu quero isso, eu quero muito disso, tudo disso, mais que isso.